segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nada

  Tendências. Malditas tendências. Maldita moda. Maldita controlação massiva da mente de pessoas obcecadas por status social. Maldita vontade de agradar o restante. Maldita imagem exageradamente valorizada. Maldita falta de pensamento crítico. Maldita falta de maturidade. Maldita ignorância. Maldita falta de interesse. Maldita falta de senso. Maldta falta de ação. Maldita sociedade. Maldita não-aceitação. Maldito padrão de beleza deturpado. Maldito mundo.
  Mundo não, quem faz isso tudo é a sociedade. São as pessoas, as malditas pessoas e sua busca pelo interminável nada. Nada. Como alguém busca o nada? Simples, não buscando. Mas as pessoas não aceitam que não podem achar o que não existe. E a busca continua. E o que é esse nada? Nada é a aceitação de um todo, é ser aceito como alguém normal por pessoas que se gabam por ser mais normais que você.

  "O que há de bom em ser normal?" você me pergunta.

  Nada. Está ficando repetitivo? Ahh... Pois pode ir se preparando, vai ficar muito mais. Afinal, o nada é muito constante e presente em nossa vida. Nossa vida é muito vazia. Nossa vida, e nosso mundo, é um incomensurável nada.
  Olhe em sua volta, quantas pessoas você acha que estão buscando ser aceitas pelas outras? Quantas mulheres estão desesperadas para ficarem mais e mais magras e para ter mais seio ou bunda? Quantos homens estão desesperados para terem músculos? Não estou falando para vocês serem obesas e não ligarem, pelo amor de Deus, isso faz mal. Estou falando que se você só está um pouco mais gorda que o normal não é o fim do mundo. Afinal, quantas mulheres morrem por anorexia e bulimia? Procurem no Google, bulimia e anorexia seguido de morte, vão aparecer vários casos de morte de modelos e adolescentes. Por quê? Porque algué morre tentando ser perfeita, se já era perfeita do jeito que era? Nós, a sociedade, matamos essas pessoas. E nem ligamos para isso.
  Eu estou aqui falando e falando disso mas quem garante que eu não busco isso também? Eu realmente quero ser magra, mas não sou obcecada. Pelo amor de Deus, eu não sou obesa e nem um palito, eu estou do jeito que eu gosto e estou muito bem desse jeito, obrigada. E... Eu gosto de pensar. Eu gosto de criticar. Gosto de pensar se isso ou aquilo está certo ou errado. Eu não saio falando que não gosto das coisas e criticando sem antes nunca ter visto, ouvido, lido, whatever. Eu acho que antes de se falar mal ou não gostar tem que ao menos conhecer, e se depois disso não gostar... Que fale, é sua opinião, e você tem liberdade para pensar e falar o que quiser. Desde que não insulte os outros. Tenho mente aberta. Sou aberta a mudanças, coisas novas. Afinal, o mundo está sempre mudando, tudo está mudando, agora alguma coisa deve estar mudando, o mundo não para e nós não devemos parar. Se o que está a nossa volta continua a se movimentar e nós não, nós acabamos ficando para trás. E quanto mais para trás, mais difícil alcalçar os outros de novo. Mas se você gosta de ficar para trás e seguir seu próprio ritmo... Fuck it all, I do what I want to do, I live how I wanna live. Ou melhor, seja como você é, seja o que você quer ser, e não ligue se falam sobre você... A maioria das vezes tudo está errado não é? E se você mesmo sabe disso, está tudo bem. O pior é quando você começa a pensar que é também e afeta sua auto-estima. Quanto a isso, não sei muito o que se pode fazer, afinal bater e xingar os outros não vai melhorar a sua vida não é? E eu não sou especialista em nada para dizer algo.
   Escrevi tudo isso por um simples motivo. Dizer para vocês que ficar se preocupando com o que os outros falam, em usar as coisas da moda, curtir o que os seus amigos curtem só porque dizem que o que você gosta é ruim... Isso não é bom. Não precisa ser igual a todo mundo, não precisa ser aceito, você só precisa ser como é. E quem gostar de você mesmo, vai lhe aceitar assim.

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